A remoção do pâncreas, muitas vezes, é necessária para tratar alguns problemas, tais como tumores ou cistos pré-cancerígenos.
A função do pâncreas é a produção de insulina, um hormônio responsável pela absorção e redução de taxas de glicose do sangue.
Quando isso ocorre, muitos questionam se a remoção do pâncreas pode gerar um impacto relacionado à absorção da glicose e à possibilidade de desenvolver uma diabetes incontrolável.
Esse questionamento acabou se transformando em um mito aliado aos pacientes que não possuem o pâncreas. Entretanto, pesquisas recentes demonstram que isso não é verdade e que é possível ter uma vida sem diabetes incontrolável após a retirada do órgão.
Saiba mais sobre esse quadro e entenda por que há toda essa polêmica envolvendo esse tipo de cirurgia!
O que os especialistas dizem sobre isso?
Um estudo feito na Clínica Mayo, localizada nos Estados Unidos, concluiu que essa concepção pode estar equivocada e que as terapias de reposição de insulina são suficientemente eficazes para controlar a doença.
Alguns profissionais, médicos da área, ainda têm uma visão mais conservadora em relação ao assunto e discordam. Porém, diversos estudos têm comprovado a facilidade em regular os níveis de glicose sem a produção de insulina direta pelo organismo.
Qual o impacto da remoção do pâncreas?
A remoção do pâncreas pode acarretar, além da não produção de insulina, a falta de algumas enzimas usadas na digestão. Por isso, o organismo precisará repor tanto um quanto o outro. As doenças às quais esses pacientes ficarão mais suscetíveis são facilmente prevenidas por meio de medicação.
A dinâmica existente no corpo dos pacientes que fizeram a remoção é semelhante à dos que possuem diabetes tipo 1. A dificuldade de absorver açúcar é pequena, mas controlável com o uso de remédios.
A técnica adotada por especialistas que não desejam retirar o pâncreas é deixar um pequeno pedaço do órgão, para que ele desempenhe suas devidas funções.
O grande problema em relação a isso é que a retirada costuma ser por conta de cistos pré-cancerígenos ou tumores malignos. E, quando falamos sobre câncer, sabemos que deixar partes do órgão oferece um perigo considerável de retorno da doença.
Há também o risco de surgir um tipo grave de câncer e ele não ser detectado na parte restante do órgão.
Agora você já entendeu melhor essa polêmica entre os cirurgiões e por que ela existe. Graças aos dados fornecidos e pesquisas cada vez mais frequentes, aos poucos, as técnicas e os tratamentos são modernizados para melhor atender ao paciente. Em caso de problemas, não hesite em procurar um médico especialista no assunto.
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Fonte: https://www.cancer.org/cancer/pancreatic-cancer/treating/surgery.html
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